segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Controle Remoto

Quem já viu o filme "Click" com o Adam Sandler, vai entender o que estou dizendo. Descontado, é claro, o drama Hollywoodiano, seria um aparato bem interessante.

Já pensaram como seria bom se pudéssemos escolher nossas atividades assim como escolhemos os canais da TV? Poderíamos jogar futebol, mas se o jogo estivesse chato, com um toque no botão, imediatamente mudaríamos para o surf. Se o filme da vida nos estivesse fazendo chorar demais, era só mudar para uma boa comédia. Se o dia estivesse nublado, que tal poder regular cor, brilho e contraste?

Pensando em embarcar em um novo relacionamento? Aperte o "INFO" e leia antes, a Sinopse, para evitar decepções.

Levando bronca do chefe --> "SKIP".

Seu vizinho ouvindo Calypso no último furo --> "MUTE".

Mas acho que os dois botõezinhos mais interessantes, seriam o "REWIND" e o "FAST FORWARD". Seria como ter uma máquina do tempo!! Poderíamos voltar e reviver os bons momentos quantas vezes quiséssemos. Imagine colocar aquele beijo apaixonado em "SLOW MOTION" para que durasse um dia inteiro... Ou acelerar aquela briga interminável para chegar logo na parte de fazer as pazes e reatar mais forte do que antes. Poderíamos voltar e dizer o que não dissemos, fazer o que não fizemos; assim como não fazer algo de que nos arrependemos. Você não teria brigado e magoado sua mãe, não teria feito tantos planos que não dependiam só de você, não teria se afastado daquele amigo(a), não teria perdido aquela festa. Se isso fosse possível, talvez assim, não tivéssemos perdido aquela oportunidade, tivéssemos dado aquele beijo, feito aquele curso. Investido naquele negócio que hoje vemos quão interessante é. Seria um seleção dos "melhores momentos".

Poderíamos enfim, acelerar os momentos tristes e ir direto para o "e viveram felizes para sempre"...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Could anyone give me a hug?

Balada, bebedeira, mulheres, beijos, sexo, micareta, dinheiro, viagens, nada disso resolve. Tem dias que o que a gente quer mesmo é um abraço. "Só" um abraço. Poder se aconchegar nos braços de alguém querido e ficar ali, quietinho, de olhos fechados, em silêncio...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vida de Cão


Se aprendêssemos com os cães, aprenderíamos coisas assim:
- Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
- Nunca perca uma
oportunidade de ir passear de carro.
- Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
- Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
- Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
- Corra, pule e brinque todos os dias.
- Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
- Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
- Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite debaixo da sombra de uma árvore.
- Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
- Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado… volte e faça as pazes novamente.
- Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
- Se alimente com gosto e entusiasmo.
- Coma só o suficiente.
- Seja leal.
- Nunca pretenda ser o que você não é.
- Se você quer se deitar embaixo da terra, cave fundo até conseguir.
- Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio, fique por perto e mostre que você está ali para confortar.

A amizade verdadeira não aceita imitações!

E nós precisamos aprender isto com um animal que dizem que é irracional!!!


Os cães têm muitos amigos porque abanam o rabo ao invés da língua.
"A razão de eu amar tanto o meu cachorro é porque quando chego em casa ele é o único no mundo que me trata como seu fosse 'Os Beatles'" (Bill Maher)

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Sinais e Sintomas

Solidão é sintoma, não é sinal. É subjetivo, é particular. Só sabe quem sente.

Antes de qualquer coisa, é bom deixar claro que existe uma diferença abissal entre o ser sozinho e o ser solitário. O sozinho gosta do silêncio, do sossego, da exclusividade. Está bem consigo próprio e é feliz tão somente assim. Já o solitário, daria um dedo da mão direita por uma companhia de verdade, por alguém sem grandes gestos (não que estes não caiam bem), mas que simplesmente esteja ali pra valer.

Estar sozinho é facultativo. A solidão é compulsória.

As aparências, na maioria das vezes, enganam.

Quase sempre que se vê alguém sozinho, imagina-se ser uma pessoa solitária, triste, carrancuda. Porém, muitas delas são mais felizes assim, do que outras que vivem rodeadas de amigos e paqueras. Elas se bastam.

O contrário também acontece. É comum ouvirmos pessoas populares como artistas e políticos se queixarem de solidão. Ter várias pessoas à sua volta, nem sempre significa ter companhia. Companhia envolve entrega, afinidade, cumplicidade. A pessoa que está sempre em meio à turmas de amigos, é popular e tem sempre um affair diferente à tiracolo é normalmente vista como bem-sucedida, realizada e feliz, o que nem sempre corresponde à verdade. Ela, provavelmente, trocaria toda essa quantidade por um pouco de qualidade.

Ninguém pode definir se o outro é solitário ou não. O que vemos é corpo, é exterior, é casca.

A grande sacada é que a solidão não ataca o corpo, mas a alma.