segunda-feira, 23 de maio de 2011

Seja um Idiota!

A idiotice é vital para a felicidade.
 
Gente chata essa que quer ser séria, profunda e visceral sempre. Putz!
 
A vida já é um caos, por que fazermos dela, ainda por cima, um tratado?
 
Deixe a seriedade para as horas em que ela é inevitável: mortes, separações, dores e afins. No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota!
 
Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele. Milhares de momentos acabaram-se não pela falta de amor, dinheiro, sexo, sincronia, mas pela ausência de idiotice. Trate seu amor como seu melhor amigo, e pronto. Quem disse que é bom dividirmos a vida com alguém que tem conselho pra tudo, soluções sensatas, mas não consegue rir quando tropeça? hahahahahahahahaha!…
 
Alguém que sabe resolver uma crise familiar, mas não tem a menor idéia de como preencher as horas livres de um fim de semana? Quanto tempo faz que você não vai ao cinema? É bem comum gente que fica perdida quando se acabam os problemas. E daí, o que elas farão se já não têm por que se desesperar? Desaprenderam a brincar. Eu não quero alguém assim comigo. Você quer? Espero que não.
 
Tudo que é mais difícil é mais gostoso, mas… a realidade já é dura; piora se for densa. Dura, densa, e bem ruim. Brincar é legal. Entendeu? Esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteira, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida – e esse é o único “não” realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras.
 
Acorde de manhã e decida entre duas coisas: ficar de mau humor e transmitir isso adiante ou sorrir… Bom mesmo é ter problema na cabeça, sorriso na boca e paz no coração!
 
Aliás, entregue os problemas nas mãos de Deus e que tal um cafezinho gostoso agora? “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios”.
 
“Por isso cante, chore, dance e viva intensamente antes que a cortina se feche”. 

Arnaldo Jabor

terça-feira, 10 de maio de 2011

Intensidade

Ando cansado do médio.

Condições medianas já não me satisfazem há tempos. Quero o todo, o completo, o integral e, principalmente, o intenso!

Sabe quando nossa resposta para um “Olá! Tudo bem?” é sempre um “Tudo indo...”? Então... Isso não pode ser normal e tampouco corriqueiro. Não podemos nos contentar com o “mais ou menos”. Seria leviandade abrirmos mão do que é nosso de direito, o tudo. 

Isso mesmo! Tudo! Não é “querer demais”... Todo mundo tem o direito de ser completamente realizado no trabalho e não só “ir levando”, empurrando com a barriga; de ter amigos de verdade e não somente colegas para as horas boas; uma família harmoniosa; uma relação de verdade e não só casinhos de final de semana; e por aí vai...

Quero acordar cedo, dizer bom dia e ir trabalhar feliz e satisfeito. 

Quero amigos para tomar uma cerveja descompromissada ao final do dia, sem necessidade de um motivo além da própria convivência e o bate-papo. Sem ser um “pré” alguma coisa. Mas quero que não seja só isso! Preciso de amigos que se importem. Que telefonem quando perceberem que temos algum problema. Com quem possa conversar e desabafar. Comemorar as conquistas e compartilhar as aflições. Colegas de boteco são ótimos e indispensáveis, mas faz falta alguém com quem se possa contar e confiar.

Não quero apenas rolos baseados em tesão (não que isso seja ruim... rs) ou comodismo. Quero companheirismo. Há quem não goste e até evite, mas eu faço questão de sentir as pernas bambas, o rosto esquentando e o coração palpitando ao ver “aquela pessoa”. Quero sentir a saudade doer quando estiver longe. Quero brilho nos olhos que me vêem. Quero que ela me ligue feliz contando que foi promovida no trabalho e também poder ouvir e consolar quando ela estiver triste por brigar com uma amiga. Quero ter aquela “primeira pessoa que vem à cabeça” para ligar contando uma novidade, boa ou ruim. Alguém para quebrar a rotina e pegar um cinema no meio da semana ou tomar um sorvete na quarta à tarde. Alguém.

Não quero mais nada pela metade.

Não me venha com meio copo de cerveja! Se for pra beber, quero tomar um porre!

E de vodka, para nem lembrar no dia seguinte... 

Cheers!