domingo, 31 de janeiro de 2010

Introspecção

Tic-tac. Domingo, pós-festa, 7:40h. Banho tomado e alma quase lavada.


Qdo as coisas começam a sistematicamente não sair como o esperado, qdo os planos, que pareciam tão certos, desaparecem em meio ao vão, é hora de olhar para dentro. Apesar da vontade de procurar explicação em algum outro lugar, chega um tempo em que precisa-se entender que tudo pode ser explicado se nos permitirmos um momento de introspecção.

Não adianta colocar a culpa no destino ou tentar se isentar da responsabilidade. O que funciona é parar e refletir. Como vc está levando sua vida? Não está trabalhando demais? Ou talvez se "divertindo" demais? E o coração? Está tomando o devido cuidado com ele? (e não estou falando somente de controlar colesterol e triglicérides...). O que realmente te dá prazer? O que espera do futuro? Está fazendo sua parte para as coisas darem certo? Quem quer realmente ao seu lado?
Será que vc está dando valor às coisas certas, fazendo as escolhas certas?

Se foi demitido, será mesmo que seu chefe é um babaca? Ou será que vc realmente não está apto àquela função? Se brigou com um amigo, será que não era vc que estava errado?! Seu estômago dói só de sacanagem ou foi vc que comeu ou bebeu demais? Não conquistou aquela pessoa pq ela não estava aberta a relacionamentos ou pq vc meteu os pés pelas mãos?

Essa profusão de perguntas parece aflitante, mas é importante para percebermos que somos atores no palco da vida e não plateia!

O carbono origina o carvão e o diamante. Vc escolhe o que quer ser...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tributo à Lua

Impossível ignorar a lua... Acabei de sair do trabalho e antes que pudesse me queixar do cansaço, senti minhas energias renovadas por uma lua maravilhosa brilhando através do pára-brisas.

Há quem diga que ela não passa de um frio satélite cheio de crateras disformes. Eu não! Sou do tipo que sempre enxerga o tal "coelhinho" ao invés de simples crateras. Sua aparição, qdo cheia, me causa um fascínio impressionante. Ela sempre foi fonte de inspiração para os poetas e apaixonados, e não poderia ser diferente. Ela me inspira e me deixa com um quê de leveza difícil de explicar.

Os cientistas dizem que ela se afasta da terra 3 cm a cada ano. Tenho minhas dúvidas... Talvez por me sentir cada vez mais próximo.

Por vezes tento conversar com ela. Minhas palavras são ternas e ela prontamente responde com um brilho que ofusca qualquer amargura. Gosto de apreciá-la a meia altura, no meio do caminho entre o horizonte e o zênite. Ela se impõe com doçura e então não sobra espaço para as rusgas do codiano. Fica claro o quão pequenos são nossos problemas, se comparados à grandeza do universo. De certa forma, parece que as preocupações que atormentam o dia-a-dia se diluem em meio à imensidão e passam a não ter tanta importância... Assim como ela influencia as marés, influencia o peso que damos às coisas. Obviamente, ela não resolve os problemas, eles estarão sempre lá, porém ocupando lugar menos relevante.

Parece uma forma de alienação, mas, sem dúvida, faz um bem danado!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Free Hugs!

Um abraço sincero tem o poder silencioso de destruir rancores, melindres e ressentimentos. Um abraço autêntico é maior do que todos os discursos, conversas ou pedidos de perdão. Existem situações em que já não adianta falar, retorquir ou arrazoar, basta termos a coragem para abrir silenciosamente os braços e perdoar. Mais do que abraçar causas, precisamos abraçar pessoas. Não apenas aquelas que concordam conosco, mas principalmente as que discordam... Abracemos alguém hoje!!

domingo, 24 de janeiro de 2010

A Impontualidade do Amor - MQ

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo.

Em frente à TV, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.

Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm! Trimmm! (É a sua mãe, quem mais poderia ser?) Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada.

Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase "galinha", sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.

Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans? Agora que você está se achando bonito? Agora que você está empregado?

Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz? Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio? O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa um ano inteiro hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga e mal repara em outro alguém que só tem olhos para você. Ou então, fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana, os seus amigos estão lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido à sua vida. O amor é como tesourinha de unha: nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.

Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila do banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro.

Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, talvez você não o procure direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: o amor é imprevisível.

Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, ou quando você menos esperar. E as flores vão chegar num dia qualquer apenas para informar-lhe como você é especial para alguém.

Assim... sem um motivo ou data especial...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A gente não aprende!

Pois é... É impressionante como insistimos em depositar a maior parcela da responsabilidade pela nossa felicidade nas outras pessoas ou em algum acontecimento específico. Por mais experiência que adquiramos, por mais "safos" que pensemos ser, vira e mexe incorremos nesse mesmo erro. Isso acontece em todos os campos. Imaginamos que só seremos felizes qdo conseguirmos aquela promoção no trabalho ou qdo comprarmos um carro novo, ou, em momentos de mesquinhês, qdo aquele nosso desafeto, que consideramos um arqui-inimigo, finalmente se der mal. 

Mas o que me trouxe hj à frente do teclado foi a questão sentimental... Como ando meio à pé de amigos para desabafar e adoro escrever, aqui estou!

Parei agora para pensar e percebi que passei praticamente o dia todo à espera de alguém que eu nem sabia se realmente viria. E não foi um dia qualquer... Foi um lindo dia de verão, com sol escaldante, nas minhas primeiras férias depois de quase 6 anos de trabalho ininterruptos. A família foi para o clube curtir a piscina, mas preferi ficar em casa e esperar... Podia ter ido para a academia, tomar um sorvete, assistir a um filme, passear com o cachorro, mas preferi ficar em casa e esperar... Não tinha vontade de fazer nada que não fosse com ela. Então preferi ficar em casa e esperar... Esperar por uma pessoa que começo a duvidar se vai se tornar real.

Nos conhecemos há pouco tempo, mas fiquei impressionante e irremediavelmente envolvido (que medo! rs) e como bom romântico que sou, esqueci as decepções recentes e capotei com as 4 rodas nessa nova possibilidade.


Apesar dela já ter sinalizado interesse recíproco, esse interminável e sufocante dia de espera me fizeram lembrar de uma passagem de um texto do Mario Quintana que se contextualiza bem com o que estou querendo dizer: "Você passa um ano inteiro hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você.".

Sei que não é saudável, mas seus olhos verdes realmente me hipnotizam... É a fraqueza dos românticos! Sempre fui assim e acho que não tenho conserto...

Ah! Ela apareceu, mas logo foi embora. Tinha outros compromissos e não podia ficar de papo. Senão, com certeza eu não estaria aqui escrevendo...