terça-feira, 10 de maio de 2011

Intensidade

Ando cansado do médio.

Condições medianas já não me satisfazem há tempos. Quero o todo, o completo, o integral e, principalmente, o intenso!

Sabe quando nossa resposta para um “Olá! Tudo bem?” é sempre um “Tudo indo...”? Então... Isso não pode ser normal e tampouco corriqueiro. Não podemos nos contentar com o “mais ou menos”. Seria leviandade abrirmos mão do que é nosso de direito, o tudo. 

Isso mesmo! Tudo! Não é “querer demais”... Todo mundo tem o direito de ser completamente realizado no trabalho e não só “ir levando”, empurrando com a barriga; de ter amigos de verdade e não somente colegas para as horas boas; uma família harmoniosa; uma relação de verdade e não só casinhos de final de semana; e por aí vai...

Quero acordar cedo, dizer bom dia e ir trabalhar feliz e satisfeito. 

Quero amigos para tomar uma cerveja descompromissada ao final do dia, sem necessidade de um motivo além da própria convivência e o bate-papo. Sem ser um “pré” alguma coisa. Mas quero que não seja só isso! Preciso de amigos que se importem. Que telefonem quando perceberem que temos algum problema. Com quem possa conversar e desabafar. Comemorar as conquistas e compartilhar as aflições. Colegas de boteco são ótimos e indispensáveis, mas faz falta alguém com quem se possa contar e confiar.

Não quero apenas rolos baseados em tesão (não que isso seja ruim... rs) ou comodismo. Quero companheirismo. Há quem não goste e até evite, mas eu faço questão de sentir as pernas bambas, o rosto esquentando e o coração palpitando ao ver “aquela pessoa”. Quero sentir a saudade doer quando estiver longe. Quero brilho nos olhos que me vêem. Quero que ela me ligue feliz contando que foi promovida no trabalho e também poder ouvir e consolar quando ela estiver triste por brigar com uma amiga. Quero ter aquela “primeira pessoa que vem à cabeça” para ligar contando uma novidade, boa ou ruim. Alguém para quebrar a rotina e pegar um cinema no meio da semana ou tomar um sorvete na quarta à tarde. Alguém.

Não quero mais nada pela metade.

Não me venha com meio copo de cerveja! Se for pra beber, quero tomar um porre!

E de vodka, para nem lembrar no dia seguinte... 

Cheers!

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