quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Homem Moderno

Hoje, fala-se muito da mulher moderna. Concordo que o tema é fascinante! Eu mesmo já escrevi aqui sobre o assunto, já que sou um feminista convicto!

Mas de certa forma, parece que passam despercebidas as mudanças que ocorreram em nós, homens. Algumas para se adaptar à nova condição da mulher e outras por força natural da evolução.

Já fazem parte do passado os coroneis e os cangaceiros. Tornou-se démodé o  homem que ainda insiste em se achar superior à mulher ou em tratá-la com rispidez. A figura do brutamonte, rude e sem coração, agora se limita às histórias em quadrinhos. E há tempos, caiu por terra o mito de que homem não pode chorar.

O homem moderno chora sim! Seja de alegria ou tristeza. Hoje ele lê romances, assiste novelas, divide, de bom grado, as tarefas do lar com a esposa, gosta de cozinhar, trocou o barbeiro pelo cabelereiro, e até escreve em blogs (rs).

O homem moderno sente falta de passear de mãos dadas. De numa noite fria, poder "só" dormir abraçadinho, sem ter a "obrigação" de performances atléticas diárias. Ele precisa de alguém pra conversar, desabafar, trocar conselhos. Hoje, ele não quer mais ser aquele sujeito frio, mas consegue sentir sem ser piegas. Ele quer uma grande mulher ao seu lado e não atrás, como naquele ultrapassado ditado. Precisa de cafuné quando está triste e não tem vergonha disso.

E o mais legal disso tudo é que ele consegue encarar todas essas mudanças sem colocar em cheque sua masculinidade. Que me desculpem os que se auto-intitulam "homens à moda antiga", mas viva à modernidade!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Tempo de Estiagem

Esses dias andei lendo algumas crônicas do Jabor (várias delas, para falar a verdade) e percebi que um tema recorrente em suas narrativas é o amor e/ou os relacionamentos "menos profundos", digamos assim. Acabei me influenciando e passei um bom tempo refletindo à respeito...

Já peço desculpas caso acabe parafraseando seus textos em algum momento.

Enfim...

O amor é um sentimento realmente incoerente. Talvez por nascer, crescer e residir no coração, ao invés do cérebro, nosso órgão pensante, onde a maioria dos outros sentimentos são elaborados. Coração que bate e para, acelera e diminui o seu ritmo, tudo alheio à nossa vontade. Ele, por conta própria, marca suas batidas ou reage a algum estímulo, mas nada que possamos conscientemente controlar. Assim também é o amor.

Seria muito fácil se o amor seguisse alguma lógica. Se nos apaixonássemos somente por pessoas bonitas, inteligentes e de nossa confiança. Se fosse condição sine qua non a pessoa também estar apaixonada. Ela deveria também ser boa de cama, ter um emprego legal, ser independente, carinhosa, ter gostos e preferências parecidas com os nossos, ser engraçada, ter bom humor, ser companheira, além, é claro, de se dar bem com nossa família e a gente com a dela. As agências de matrimônio fariam a festa. Encontraríamos nosso amor, buscando currículos no google.

Acabariam os olhares, a conquista, o charme. No sábado à noite, ao invés de se preparar para a balada, com whisky e Red Bull,  o programa seria se debruçar sobre os classificados do jornal com uma caneta marca-textos na mão. 

Mas infelizmente (ou felizmente, não sei...) não é assim. Você se apaixona às vezes por aquela pessoa que é sim, linda de doer, com aqueles olhos verdes de tirar o fôlego, mas que mal olha para você. Que você adora conversar e ter por perto, mas que só quer ser sua amiga. Ou outra que é inteligente e super bom caráter, mas que isso a torna "certinha demais" para querer sair com você. Sem falar naquela que é uma loucura na cama, mas que é quente demais pra se contentar com um só...

Quando se fala da "hora certa" então, aí é que a lógica vai pro espaço. O amor nunca aparece quando a gente quer. Ele é como o horizonte, que se afasta  quando a gente se aproxima. Não adianta correr atrás... É a tal "impontualidade do amor" que já postei aqui há um tempinho atrás. Quando você está realmente disposto e preparado para se envolver, buscando uma relação séria e, quem sabe, pra vida inteira, parece que tudo conspira contra. Ninguém consegue te chamar a atenção de verdade, ou quando você consegue finalmente se interessar pra valer por alguém, a recíproca passa longe...

Agora, experimente ao menos balbuciar que não quer se prender ou que não é o momento certo, para ver o que te acontece. É batata que irão chover "mulheres/homens da sua vida" em sua horta.  Bem na véspera do carnaval ou daquela viagem super planejada. É sempre assim!

Me enquadro no primeiro grupo, mas confesso que estou pensando em mudar de planos pra ver se consigo enganar esse sistema. Afinal, minhas plantinhas já estão se esturricando no quintal...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Moinhos de Vento

Não sei mais pra onde ir.
Distrair, abstrair, deixar fluir...
Espero que a bonança esteja mesmo por vir,
Para em breve, poder novamente sorrir

Era tão bom passar os dias imaginando
de olhos fechados, livremente sonhando
Ter um objetivo e seguir nele mirando
sabendo que logo iríamos acabar nos encontrando

Mas de repente, tudo isso me foi tomado
será que foi o destino ou um passo mal dado?
Não adianta chorar ou ficar chateado
o que era futuro agora passou a ser passado

Se acostumar com a perda é um processo lento
qdo se perde o que nunca se teve, leva ainda mais tempo
Às vezes é melhor realmente esquecer e juro que tento
Talvez os dragões sejam mesmo apenas moinhos de vento...

segunda-feira, 22 de março de 2010

Versando

Pense em uma coisa linda
em uma coisa que não vistes ainda
um encontro que a natureza brinda
mas que antes de começar, finda...

O que ando sentindo é assim
um sentimento que não cabe em mim
ter que contê-lo é deveras ruim!
Será que antes do começo, já precisa vir o fim?

Não pra mim! 

Sou um romântico incorrigível
fato que me dá uma força incrível
os obstáculos tornam-se apenas combustível
fazendo todo pessimismo parecer falível!

Hoje me falta inspiração
já que não ando bem do coração
mas preciso persistir, pq não?
Será que razão vale mais que emoção?

Acho que não...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulheres

Não pensem que estou aqui para tentar descrever as mulheres. Longe de mim tamanha pretensão! Agora, me debruço ao teclado, com o maior prazer, para render sim uma homenagem a esses seres incríveis!

Nada mais contraditório do que ser mulher... Mulher que pensa com o coração, age pela emoção e vence pelo amor. Que vive milhões de emoções num só dia e transmite cada uma delas, num único olhar.

Essas mulheres que nos deixam de pernas bambas, mas que nos seguram pela mão. Essas meninas que com um sorriso acanhado nos tiram o ar e nos fazem refém. Essas meninas, que quando viram mulheres, nos fazem voltar a ser meninos. Ah essas mulheres... (suspiros...)

A ideia de criar um Dia Internacional das Mulheres surgiu no início do sec. XX para lembrar a luta das mulheres por igualdade... Igualdade?? Qual homem resistiria à jornada dupla, às vezes tripla que elas graciosamente tiram de letra? Trabalham fora e dentro de casa, são mães, amantes, amigas, companheiras! Tudo isso de salto alto, unhas compridas e quiçá de TPM. Pura bondade delas chamar isso de igualdade!

Afinal, Deus daria a elas o dom de portar a vida se não fossem seres superiores?

Faço reverência! Definitivamente elas são especiais!

Ponto. Pra elas!

quinta-feira, 4 de março de 2010

O Tempo e a Distância

Certa vez, o tempo e a distância estavam conversando para descobrir quem seria capaz de afastar as pessoas…
Cheia de empáfia, a distância se vangloriava, dizendo ser arrebatadora qdo se pretendia separar dois corações.
Prontamente, o tempo retrucou, afirmando que por maior que fosse a distância, de nada adiantava sem a sua ajuda. Afinal, o que são os quilômetros qdo comparados aos dias, semanas, meses…
Depois de mta discussão, eles perceberam que a coisa só funcionava qdo os dois trabalhavam juntos, sinergicamente, em sintonia.
Mas que decepção! Ao perceber a necessidade dessa comunhão de esforços, perceberam tb que se essa sintonia existir tb entre suas “vítimas”, de nada adiantaria tanto trabalho.
Qdo as pessoas estão conectadas de alguma forma, sintonizadas em prol de um objetivo comum, não há força na natureza capaz de separá-las. Família, amizade, amor, enfim… Seja qual for a relação, se houver reciprocidade, o sucesso é certo.
Agora, qdo o trabalho é unilateral, as coisas podem se complicar… Se não houver retorno, por mais próximas que as pessoas estejam, o tempo e a distância vão ver sua tarefa bastante facilitada. Na verdade, poderão assisitir de camarote, sem precisar mexer sequer uma palha…

domingo, 28 de fevereiro de 2010

A Chuva

"Água, que lava minh'alma"

Existe coisa mais gostosa do que dormir com o barulho de chuva no telhado? Aquele tilintar cria um efeito de causar inveja nas melhores cantigas de ninar. A sinfonia vai embalando nosso sono, embalando, hipnotizando, até nos jogar mansamente nos braços de Morfeu (Hipnos que me perdoe, mas faço questão de sonhar...).

No verão, a chuva tem ainda um gostinho especial, já que traz consigo um certo frescor pra aliviar esse calor carioquês que brinda nosso país tropical. Se tiver sorte, pode-se até ter uma chance de trocar o irritante ar condicionado por um macio e aconchegante edredom. Td bem que ele, nem de perto, substitui um bom "cobertor de orelha", mas quem não tem cão, caça com gato...

Se você morar em zona menos urbana ou tiver ao menos dois palmos de terreno não asfaltado debaixo da sua janela, receberá tb o plus "cheirinho de terra molhada". E o melhor de tudo é que é grátis e sem sair de casa.

Mas pensando bem, tem dia que dá vontade mesmo é de deixar de ser careta, abandonar o pseudo-conforto do lar e ir para a rua brincar na chuva, correr, gritar, extravasar, colocar todos os seus demônios pra fora, como quem não deve nada à quem quer que seja!

Pois bem, agora, me dêem licença, mas vou lá fora lavar a alma...

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Carnaval

O feriado oficial se resume à terça-feira, mas com a prática, ano a ano, tomou-se como “padrão” 4 dias de folga e festa. Na histórica São João del Rei, a folia é acrescida de no mímino mais uma semana, o que pode assustar forasteiros desavisados, mas que nem é tanto assim se levarmos em conta que, em todo o Brasil, o ano só começa de verdade após o rei Momo se recolher.

São dias em que pensa-se valer de tudo, em que acontece de tudo.

Amores surgem e outros se vão. Uns tentam beijar o maior número de bocas possível, enquanto outros vislumbram a chance de garimpar, em ambiente tão inóspito, um(a) parceiro(a) pro resto da vida. Tem gente que aproveita a folga prolongada para se isolar do mundo e descansar, mas a maioria realmente ainda prefere estar no olho do furacão.

Vc pula mto e dorme pouco, bebe mto e come pouco, diverte-se mto e cuida-se pouco. Parece que o mundo vai acabar naqueles poucos dias…

Mas não acaba!

Logo depois vem a quarta-feira de cinzas (não haveria nome mais adequado) e junto dela, um safanão de realidade, chacoalhando a gente para entendermos que a vida voltou ao normal. Sobram, além de mtas risadas e histórias, um punhado de lembranças, boas e ruins e as consequências dos dias sem lei. Sono acumulado, dores de garganta e de cotovelo, namoros perdidos, rusgas com amigos, um rombo no banco, a saúde em pandarecos, a vida de pernas pro ar. São 4 dias que custam caro…

Mas fazer o q?! Se a festa acabou, é hora de, como a Fenix, renascer das cinzas e encarar o resto do ano que agora começa de verdade. E se serve de consolo, pode iniciar a contagem regressiva pq ano que vem tem mais… rs

domingo, 31 de janeiro de 2010

Introspecção

Tic-tac. Domingo, pós-festa, 7:40h. Banho tomado e alma quase lavada.


Qdo as coisas começam a sistematicamente não sair como o esperado, qdo os planos, que pareciam tão certos, desaparecem em meio ao vão, é hora de olhar para dentro. Apesar da vontade de procurar explicação em algum outro lugar, chega um tempo em que precisa-se entender que tudo pode ser explicado se nos permitirmos um momento de introspecção.

Não adianta colocar a culpa no destino ou tentar se isentar da responsabilidade. O que funciona é parar e refletir. Como vc está levando sua vida? Não está trabalhando demais? Ou talvez se "divertindo" demais? E o coração? Está tomando o devido cuidado com ele? (e não estou falando somente de controlar colesterol e triglicérides...). O que realmente te dá prazer? O que espera do futuro? Está fazendo sua parte para as coisas darem certo? Quem quer realmente ao seu lado?
Será que vc está dando valor às coisas certas, fazendo as escolhas certas?

Se foi demitido, será mesmo que seu chefe é um babaca? Ou será que vc realmente não está apto àquela função? Se brigou com um amigo, será que não era vc que estava errado?! Seu estômago dói só de sacanagem ou foi vc que comeu ou bebeu demais? Não conquistou aquela pessoa pq ela não estava aberta a relacionamentos ou pq vc meteu os pés pelas mãos?

Essa profusão de perguntas parece aflitante, mas é importante para percebermos que somos atores no palco da vida e não plateia!

O carbono origina o carvão e o diamante. Vc escolhe o que quer ser...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Tributo à Lua

Impossível ignorar a lua... Acabei de sair do trabalho e antes que pudesse me queixar do cansaço, senti minhas energias renovadas por uma lua maravilhosa brilhando através do pára-brisas.

Há quem diga que ela não passa de um frio satélite cheio de crateras disformes. Eu não! Sou do tipo que sempre enxerga o tal "coelhinho" ao invés de simples crateras. Sua aparição, qdo cheia, me causa um fascínio impressionante. Ela sempre foi fonte de inspiração para os poetas e apaixonados, e não poderia ser diferente. Ela me inspira e me deixa com um quê de leveza difícil de explicar.

Os cientistas dizem que ela se afasta da terra 3 cm a cada ano. Tenho minhas dúvidas... Talvez por me sentir cada vez mais próximo.

Por vezes tento conversar com ela. Minhas palavras são ternas e ela prontamente responde com um brilho que ofusca qualquer amargura. Gosto de apreciá-la a meia altura, no meio do caminho entre o horizonte e o zênite. Ela se impõe com doçura e então não sobra espaço para as rusgas do codiano. Fica claro o quão pequenos são nossos problemas, se comparados à grandeza do universo. De certa forma, parece que as preocupações que atormentam o dia-a-dia se diluem em meio à imensidão e passam a não ter tanta importância... Assim como ela influencia as marés, influencia o peso que damos às coisas. Obviamente, ela não resolve os problemas, eles estarão sempre lá, porém ocupando lugar menos relevante.

Parece uma forma de alienação, mas, sem dúvida, faz um bem danado!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Free Hugs!

Um abraço sincero tem o poder silencioso de destruir rancores, melindres e ressentimentos. Um abraço autêntico é maior do que todos os discursos, conversas ou pedidos de perdão. Existem situações em que já não adianta falar, retorquir ou arrazoar, basta termos a coragem para abrir silenciosamente os braços e perdoar. Mais do que abraçar causas, precisamos abraçar pessoas. Não apenas aquelas que concordam conosco, mas principalmente as que discordam... Abracemos alguém hoje!!

domingo, 24 de janeiro de 2010

A Impontualidade do Amor - MQ

Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo.

Em frente à TV, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar.

Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha. Trimmm! Trimmm! (É a sua mãe, quem mais poderia ser?) Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada.

Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase "galinha", sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver.

Por que o amor nunca chega na hora certa? Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans? Agora que você está se achando bonito? Agora que você está empregado?

Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz? Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio? O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa um ano inteiro hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga e mal repara em outro alguém que só tem olhos para você. Ou então, fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana, os seus amigos estão lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido à sua vida. O amor é como tesourinha de unha: nunca está onde a gente pensa. O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste.

Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila do banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro.

Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, talvez você não o procure direito.

A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: o amor é imprevisível.

Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, ou quando você menos esperar. E as flores vão chegar num dia qualquer apenas para informar-lhe como você é especial para alguém.

Assim... sem um motivo ou data especial...

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A gente não aprende!

Pois é... É impressionante como insistimos em depositar a maior parcela da responsabilidade pela nossa felicidade nas outras pessoas ou em algum acontecimento específico. Por mais experiência que adquiramos, por mais "safos" que pensemos ser, vira e mexe incorremos nesse mesmo erro. Isso acontece em todos os campos. Imaginamos que só seremos felizes qdo conseguirmos aquela promoção no trabalho ou qdo comprarmos um carro novo, ou, em momentos de mesquinhês, qdo aquele nosso desafeto, que consideramos um arqui-inimigo, finalmente se der mal. 

Mas o que me trouxe hj à frente do teclado foi a questão sentimental... Como ando meio à pé de amigos para desabafar e adoro escrever, aqui estou!

Parei agora para pensar e percebi que passei praticamente o dia todo à espera de alguém que eu nem sabia se realmente viria. E não foi um dia qualquer... Foi um lindo dia de verão, com sol escaldante, nas minhas primeiras férias depois de quase 6 anos de trabalho ininterruptos. A família foi para o clube curtir a piscina, mas preferi ficar em casa e esperar... Podia ter ido para a academia, tomar um sorvete, assistir a um filme, passear com o cachorro, mas preferi ficar em casa e esperar... Não tinha vontade de fazer nada que não fosse com ela. Então preferi ficar em casa e esperar... Esperar por uma pessoa que começo a duvidar se vai se tornar real.

Nos conhecemos há pouco tempo, mas fiquei impressionante e irremediavelmente envolvido (que medo! rs) e como bom romântico que sou, esqueci as decepções recentes e capotei com as 4 rodas nessa nova possibilidade.


Apesar dela já ter sinalizado interesse recíproco, esse interminável e sufocante dia de espera me fizeram lembrar de uma passagem de um texto do Mario Quintana que se contextualiza bem com o que estou querendo dizer: "Você passa um ano inteiro hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você.".

Sei que não é saudável, mas seus olhos verdes realmente me hipnotizam... É a fraqueza dos românticos! Sempre fui assim e acho que não tenho conserto...

Ah! Ela apareceu, mas logo foi embora. Tinha outros compromissos e não podia ficar de papo. Senão, com certeza eu não estaria aqui escrevendo...